Foto: Reprodução

 

Pesquisadores da Universidade Técnica da Dinamarca encontraram uma forma de produzir mais facilmente os princípios ativos do remédio vinblastina, comercialmente conhecido como Velban, usado contra vários tipos de câncer.

 

A descoberta é relevante, porque o princípio ativo do medicamento, isolado da planta Catharanthus roseus, originária de Madagascar, é difícil de ser obtido. Para ter uma ideia, são necessários mais de 2 mil quilos de folhas secas para produzir apenas 1 grama de vinblastina.

 

Entre 2019 e 2021, a indústria farmacêutica enfrentou o atraso no fornecimento do ingrediente, o que levou a uma escassez do remédio. Como resultado, houve interrupção no tratamento de pacientes.

 

Agora, os cientistas buscam uma maneira de produzir os princípios ativos da planta, chamados de vindolina e catarantina, a partir de leveduras geneticamente modificadas. O estudo foi publicado na revista científica Nature.

 

As leveduras são organismos unicelulares que realizam fermentação. Geralmente, aplicam-se na produção de pães e bebidas alcoólicas. Elas foram escolhidas pelos pesquisadores porque podem ser cultivadas em larga escala, de forma a permitir a geração dos compostos sem a interrupção por fatores externos, como períodos de seca ou áreas de plantio reduzidas.

 

Os cientistas tiveram de realizar 56 edições genéticas para que o organismo cumprisse as 31 etapas necessárias para gerar os princípios ativos e fabricar a vinblastina.

 

Esses esforços não foram em vão. No futuro, os cientistas acreditam que as leveduras poderão ser usadas na biologia sintética para produzir mais de 3 mil ativos utilizados no tratamento de diversas doenças.

 

Via Revista OESTE

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